sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O REI VAI NÚ!


Ultimamente tenho reparado que cada vez mais gente me procura porque se aventura em actividades e negócios por conta própria – nada contra, eu mesmo já o fiz e continuarei a fazê-lo.

O que me choca é o povinho e a sua mania que ter um negócio é ser rico…
Não me refiro aos que trocam de carro (de um Clio para um Bentley), casa (de um T0 no Vale da Amoreira para um V7 em Belas), de cão (de um rafeiro raquítico para um Pug de raça apurada), de mulher (de uma varredora de rua para uma Fanny) ou de família (de uma família de aborígenes para uma Soares dos Santos).

Refiro-me sim aos que, por trabalharem por conta própria, se auto-intitulam “Doutores”. 

Vejo com frequência:
  • CEO's (Carlos Valente Canalizações – Carlos Valente, C.E.O.);
  • General Managers (Baínhas Fatinha – Maria de Fátima, General Manager);
  • Chairman’s (Estores Filipe Ferreira – Filipe Ferreira, Chairman)
  • President’s (Pastelaria Nézinha – Manuela Godinho, Presidente);


WTF!!! Saberão estes analfabrutos o significado de tais títulos? Eu explico: um Chairman, um CEO, uma Presidente ou General Manager (nem sequer existe este título mas pronto) pertencem a empresas com múltiplos órgãos sociais (não os orgãos da Casio ou Yamaha) e, habitualmente, cotadas em bolsa!

Isto leva-me a concluir uma coisinha: a mentalidade tuga medíocre que ter uma empresa ou ser empresário em nome indivudial lhes confere um status, e por isso os torna superiores a todos os outros pasteleiros, canalizadores ou costureiras desta vida.



Remédio do Professor: metam os cartões de visita no cú (sem os enrolar), deixem o status surgir na altura devida e pelo mérito próprio e trabalhem mazé porque senão a família de aborígenes terá que ir para a recta do Porto Alto levar na senesga para pagar as dívidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Falam falam... mas não vos vejo a fazer nada